quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Resistência ao Império Romano: As Candaces


As Candaces ocuparam  o poder  militar e civil do Império Méroe, Núbia e Sudão através  de uma dinastia de mulheres negras africanas e significava estabilidade e continuidade. Ocupavam–se da formação de novas gerações, consideradas “jovens da essência divina”; realizavam rituais para investir poderes em suas sucessoras para continuidade do Reino – por exemplo era papel das Candaces a coroação e a adoção da nora, para ampliar e assegurar a continuidade do Reino aportando sangue novo, sem perder as tradições nem as origens.

As Candaces realizavam a coroação de seus próprios filhos em seus postos de realeza; participavam da escolha do Rei e das cerimônias de transmissão de poderes; em cerimônias rituais  com símbolos de realeza,  poder. O sistema que garantia a existência das Candaces era um sistema local dotado de uma organização tradicional que se renovava  no interior da realeza Cush.O Império Méroe localizava-se ao sul do Egito, banhado pelo Rio Nilo.  Estas  guerreiras nasceram sob o signo da coragem para ocupar posição de poder e prestígio. Numa  conexão com as tradições matriarcais da África, reinavam sobre seu povo por direito próprio, e não da qualidade de esposas. 
Viviam o apogeu de uma era de esplendor e fartura, abençoadas pelo grande rio e impulsionadas pelo comércio com o Oriente Médio. A localização do império permitia um intenso intercâmbio com outros povos – hebreus, assírios, persas, gregos e indianos. Em suas terras, ricas em ferro e metais preciosos, ergueram-se pirâmides e fortalezas. 
Seus exércitos usavam armas de ferro e cavalaria, ferramentas e habilidades herdadas dos povos núbios, que lhes davam vantagem no campo de batalha. A idolatria daquela civilização pelos cavalos era tanta que estes animais eram enterrados junto com seus guerreiros, para servi-los por toda a eternidade. Esta imagem, misto de homem e cavalo,


alcançou a Grécia, inspirando o surgimento da figura mitológica do Centauro. Na religião, cultuavam Apedemek, Deus da guerra e da vitória, representado por um homem com cabeça de leão. 
A prosperidade de Meroe, que deu prosseguimento ao domínio Núbio na região, atraiu a ira dos senhores do mundo, o Império Romano. Aqui tem início o episódio que marcou a história das Candaces. 
Líderes de um movimento de resistência contra o poderio bélico dos invasores, enfrentaram o forte exército, aliando técnicas de guerrilha e diplomacia. Uniram seu povo na luta contra o jugo romano movidas pela sede de justiça e liberdade.Após a invasão de Petronius, a Rainha Candace esperou que as tropas do general adormecessem e os surpreendeu com um ataque. Este movimento abriu a possibilidade para uma negociação diplomática, comandada pela soberana negra. O resultado foi a retirada dos soldados romanos e a demarcação do território de Meroe, devolvendo a paz ao seu povo. Assim foi escrito o mais importante episódio que marcou a nobre dinastia de guerreiras naquele império africano. 
Mas os exemplos de comando e resistência de bravas negras continuaram a florescer por outras eras e civilizações. Para além de seus próprios domínios, emergiu a saga das Candaces, Rainhas-Mães que se fizeram deusas, reinando na crença de suas descendentes espalhadas pela Terra, porta-vozes da sua luta por toda a história. 

Com a escravidão da modernidade, rainhas e princesas de tribos e reinos se viram obrigadas ao trabalho forçado no novo mundo. Mas foi ali que fizeram multiplicar o sangue Candace. Em uma terra tão distante, ligadas ao passado, mulheres negras geraram o valor da bravura herdada de suas ancestrais. 
A palavra liberdade ganhou um significado mítico no Brasil, dando um novo sentido à vida levada entre a clausura e o trabalho forçado. A bravura da dinastia Candace foi eternizada pela tradição oral africana, que tratou de espalhar aos quatro cantos os grandes feitos das suas soberanas, inspirando a luta de guerreiras que subverteram a força dos seus senhores e lutaram pela liberdade. 
Para elas, ser livre era também reverenciar seus costumes, reviver o passado soberano, encenar a memória dos seus antepassados. Em folguedos, foram eternizadas na glória real da corte negra. No novo continente, há o despertar para o misticismo trazido do outro lado do Atlântico. A construção da identidade africana no Brasil encontra nas celebrações e ritos toda uma reverência à mulher como mediadora entre os deuses e a humanidade. 
Na Bahia, as escravas ganhadeiras vendiam o excedente de produção em feiras e mercados como em sua terra natal. O lucro era poupado para comprar suas alforrias e a dos maridos, tornando-as mulheres com voz ativa. 
No chão brasileiro, era revivida a tradição das feiras iorubanas, um espaço não só para trocas de mercadorias, mas também para trocas simbólicas. A mulher concentrava o poder de fechar negócios, disseminar notícias, modas, receitas, músicas, e, sobretudo, aconselhar. 
Assim, tornaram-se as grandes mães negras, sacerdotisas que tiveram suprimido o poder real na África, mas que passaram a exercer o poder espiritual no novo mundo. 


Fontes: 


Adaptado da Peça teatral "Candaces: A reconstrução do fogo" de Marcio Meirelles. Cia dos comuns,2003.
dianacostaeduhistoria.blogspot.com/..

Resistência ao império romano: Os Gauleses



Os gauleses foram povos celtas composto de  diversos agrupamentos espalhados pelo continente europeu. Eles começaram a se definir como um povo comum desenvolvendo  pequenas tribos que cresceram com o passar dos séculos na região onde hoje estão localizadas França, Bélgica e o norte da Itália, por volta dos séculos VIII e VII a.C.
Estas tribos viviam em constantes disputas, mas partilhavam certos costumes, tradições e crenças, por isto nós consideramos que existiu um povo gaulês, mesmo que cada tribo tivesse escolha na forma de viver– que era respeitada ou não, de acordo com  as disputas entre as tribos.
Os gauleses eram politeístas(acreditavam em diversos deuses) e adoravam elementos da natureza, além, é claro, de realizar a maioria de suas celebrações em altares nas florestas, em contraste com outros povos da antiguidade que  construíam grandes templos religiosos.
Os sacerdotes responsáveis pelas celebrações eram os “druidas”, que também acumulavam as tarefas de aconselhamento, ensino, medicação de doentes e também eram juízes nas resolução das disputas internas.
Os gauleses eram seminômades, ou seja, não moravam em apenas um lugar, além disso, eles pouco plantavam, se preocupando mais em criar animais para produção de leite e queijo, além de dedicarem-se à caça de animais de pequeno e médio porte. Conheciam a fundição do ferro, o estanho e o bronze, e com isto fabricavam espadas e utensílios domésticos, além de joias, moedas e estátuas.
Quando César –  ditador em Roma anos mais tarde – invadiu a Gália em abril de 58 a.C. para subjugar as tribos que ainda não haviam se tornado romanas, encontrou uma sociedade estruturada e organizada dentro de grandes agrupamentos, mas carente de união política, o que foi decisivo para serem derrotados.
O lema dos romanos era “dividir para conquistar”. Na Gália, César encontrou o ambiente ideal para tomar território, com o apoio e a simpatia do Senado e da população para suas riquezas particulares na política romana. Considerados bárbaros, os povos que viviam além das fronteiras romanas tinham que ser vencidos em nome da segurança da República romana, além do aumento da riqueza e do número de escravos. Como os gauleses viviam em constantes rixas entre as tribos, nenhum clã ajudava o outro quando este era desafiado. Assim ficavam divididos e mais fracos. A Roma de Cesar então os fez de escravos.
As legiões romanas em pouco tempo conseguiram dominar quase todas as tribos, tanto que em 52 a.C. os romanos já consideravam a região conquistada e César voltou para Roma. Mas esqueceram de avisar para um líder gaulês que eles deveriam se entregar, esta foi a diferença do povo gaulês para se fortalecerem.
Quando César foi para Gália, a região sul já estava sob controle romano há um tempo, e era chamada de Gália Narbonense. Mas a região ao norte, ainda não neste período.
Nesta região viviam os avernos, os heudos e os belgas, que eram povos gauleses.
Vercingetorix era um averno, e foi o único líder que conseguiu unir as três grandes tribos da região para questionar a liderança romana.
Como os gauleses tinham pouquíssimas chances de vencer o exército mais poderoso do mundo em um confronto direto, eles adotaram a tática de terra arrasada: queimaram vilas e povoados rumo ao norte da região, recolhendo mantimentos e deixando os romanos sem ter o que comer, a não ser o que traziam.
Só que os habitantes de Avaricum se recusaram a destruir a cidade, que era razoavelmente fortificada, além de ter o reforço defensivo de um rio e um pântano em volta do terreno. Ali eles resistiram aos romanos por 27 dias. No fim, dos 40 mil habitantes de Avaricum, somente 800 foram poupados. Foi uma carnificina, mas a história de resistência gaulesa aos romanos não lembra um certo desenho? Pois é, Asterix e suas aventuras foram inspiradas justamente neste episódio das guerras gálicas.
Apesar da derrota aumentar a moral dos exércitos romanos, Vercingetorix teve tempo para organizar um contingente de 80 mil homens e 9 mil cavaleiros em Alésia, e todos se prepararam para resistir aos romanos, além de atacá-los.
Só que César não é considerado um dos maiores generais da História à toa. Ele ordenou que as tropas cavassem quilométricas trincheiras em toda a região em volta do monte Auxois, onde estavam reunidos os gauleses. Em pouco tempo eles estavam cercados por centenas de armadilhas e soldados romanos espalhados por toda região. Vercingetorix ordenou que seus cavaleiros buscassem reforços por toda a Gália, e César deixou os cavalos partirem. Quando os reforços chegaram, foram esmagados pelos 55 mil romanos que já esperavam os inimigos. Vercingetorix nada pode fazer e decidiu se entregar no outro dia após a derrota dos “reforços” gauleses. Os gauleses deixaram de lado parte de seus costumes, sendo colonizados com  costumes e rituais romanos.
No entanto, a valentia  e a união com a diversidade dos gauleses foi uma grande lição para outros povos  até os dias atuais. O povo pode ser mais unido para obter melhoras em suas vidas, ao invés de fazer o que os governantes inventam  e mandam transmitir através das televisões, ao inventar preconceitos e fofocas, brigas que só afastam  possibilidades de união  por melhores condições  de vida de todos.

Adaptado em 06-11-2013 do site http://www.historiazine.com/2011/11

domingo, 13 de outubro de 2013

Alunas guerreiras: Olimpíada com sabor de Magali: Essa não dá para esquecer!


705 Presente! Aprendendo a fazer nosso blog e organizando os registros da turma


Queridos alunos do CIEP 406, Precisei ser transferida para outra escola. Estou de mudança. As dúvidas que vocês tiverem, precisam ser tiradas com a nova professora. Não saí em tempo de avaliação, mas antes. Deixei todo o material (os textos aqui presentes que passei para boa parte de vocês, mas não  para tod@s. Deixei  a outra parte com a direção para que a nova professora avaliasse o que faria com os textos.Daria  à tod@s depois de nossas aulas passeio. Mas a opção pela avaliação não fica mais comigo. Deixo o registro aqui de meu carinho e pelas belas lembranças. Aos que não conseguiram fazer as avaliações até então, deixei que a próxima professora junto com a direção avaliasse. Alguns de nossos alunos  estavam desistindo de estudar pela falta de professores. Deixei em branco as notas para que possam voltar e fazer boas avaliações.
Um grande beijo em tod@s vocês que ficarão em meu coração para sempre.
Fabíola Camargo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Aula-passeio sobre Brasil-colônia


Resistência negra à escravidão

A História dos conservadores e das elites valoriza os heróis como únicos responsáveis pelos grandes feitos da humanidade, enaltece a Princesa Isabel como a salvadora dos negros, a libertadora e ignora a ação dos negros de diversas nações e de diversas formas para romper com a escravidão que levou a Princesa Isabel assinar, em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea.

A partir da segunda metade do século XIX cresceram os movimentos para acabar ou abolir  a escravidão. Eram movimentos feitos por diversos grupos diferenciados e que agiam de formas diversas que passaram a pressionar cada vez mais o governo em busca de uma extinção definitiva da escravatura. As pressões internacionais, principalmente dos ingleses, também eram grandes, e os próprios negros passaram a se rebelar contra a situação com maior frequência.

O Quilombo de Palmares, no século XVII, em Alagoas, tornou-se uma referência na história da resistência dos negros à escravidão. Até hoje, quando se fala em resistência negra à escravidão se é induzido a pensar em Zumbi dos Palmares e no quilombo que ele liderou. Mas esse famoso quilombo não foi o único a existir, muito pelo contrário, eles multiplicaram-se pelo Brasil como forma de organização de resistência dos negros fugidos do trabalho escravo.

Em fins do século XIX, manter seus escravos era de extrema necessidade para alguns fazendeiros, pois o fim do tráfico e a promulgação da Lei do Ventre Livre limitavam a manutenção do numero de escravos à compra através do tráfico interno, que se tornara muito caro com a diminuição da oferta.

Os quilombos não eram as únicas formas de resistência dos negros perante a escravidão: rebeliões, assassinatos, suicídios, revoltas organizadas também fizeram parte da história da escravidão no Brasil.

Das revoltas históricas, a mais conhecida foi a Rebelião dos Malês, em Salvador. Essa Rebelião foi tão significativa que na correspondência de pessoas importantes da Corte, no século XIX, há diversas menções a ela. Havia o medo de que novas revoltas como aquela transformassem o Brasil numa "anarquia." Os Malês eram um grupo de negros  muçulmanos numeroso, que , ao contrário dos senhores de escravos, sabiam ler e tinham a  capacidade de se organizar até mesmo nas senzalas.
 
Responda as perguntas a seguir a partir do texto:
 
 


1)De que forma as  elites brasileiras contaram a História da escravidão?
 
2)Quais os grupos interessados em acabar com a escravidão?
 
3) Quais foram as principais formas de acabar com a escravidão?
 
4) A partir do texto lido , é possível repetir que os negros são inferiores? Escreva quais são os motivos?
 
5) Os negros lutaram contra a escravidão ou aceitaram ser escravizados?
 

A Sociedade colonial escravista

É possível a compreensão e a explicação do presente em nossa Sociedade a partir  do conhecimentos sobre o nosso passado.

Para que   possamos observar melhor como se dá o racismo, sua origem, implicações saídas para que possamos acabar com este problema e com os demais problemas  em nossa sociedade, precisamos estudar seus porquês relativos às histórias do Brasil, da África e de demais países ou regiões que estiveram envolvidos no deslocamento violento de homens e mulheres do continente africano para várias partes do mundo colonizadas pelos europeus, com o objetivo de escravizá-los. Torna-se necessário revisitar esse passado através do estudo com olhar mais atento para que não façamos igual, para que não se repita. Quanto mais conhecemos nossa história, menos tendemos a refazer os erros do passado que muitos repetem ao invés de inventar saídas mais criativas e honrosas com o nosso povo. Conhecendo, criamos formas de acabar com  estas mazelas. Se não conhecemos, fazemos igual ao que já existe. Este é um bom motivo de estudar a História. Não é a toa que a maioria dos nossos políticos não valoriza a educação. Quem não conhece, é também, mais facilmente dominado, explorado e excluído.

A escravidão negra no Brasil durou cerca de trezentos anos. Os negros e negras vindos da África, foram trazidos com o objetivo de constituir a mão-de-obra do colonizador português, que não aceitava fazer o trabalho braçal em nome de uma nobreza. Pensavam que trabalho era para pobre e ócio  era para rico. Por isso a denominação negócio para as diversas manobras econômicas que se faz até hoje.

Para termos noção do racismo e do preconceito, este não se referiu  somente aos negros, mas também aos indígenas, entre tantos povos ao longo da História da Humanidade. Temos nossos indígenas que por muitos anos foram tratados como preguiçosos, pois não queriam ser escravos. Mas o que as elites não diziam, é que os indígenas não aceitavam a escravidão.

Primeiramente, os portugueses experimentaram em Portugal, a produção de cana-de-açúcar com o trabalho escravo dos negros e depois transportaram essa experiência para o Brasil. Não se pode esquecer, todavia, que o tráfico negreiro era um negócio altamente lucrativo tanto para os traficantes, quanto para a Coroa portuguesa.

“Pode-se dizer que a mão-de-obra negra ajudou a colonização portuguesa mesmo contra a vontade de milhares de pessoas que eram desterradas e escravizadas numa terra desconhecida. É pertinente repetir a expressão "Negros, mãos e pés do Brasil", que não constitui nenhum exagero se se leva em consideração que trabalhar no período colonial era "coisa de negro”".

Por isso os negros criaram formas de viver diversa e diferente do conhecimento que os europeus tinham.

O tráfico de negros da África para o Brasil começou com a colonização portuguesa iniciado na segunda metade do século XV. O modelo econômico baseado na monocultura( um tipo de plantação) em grande extensão de terra que se mantém até os dias atuais, tem origem  na  escravidão pelos portugueses e foi a base  da economia brasileira. Mas por ser tão desumano, não deixou de ser visto como violento e absurdo.

O tráfico de escravos da África para o Brasil, por menos que se queira, faz parte da nossa história. Mesmo que se tente esquecer ou esconder _ como fez Rui Barbosa quando mandou queimar a documentação existente sobre escravidão no Brasil _ não se pode ignorar sua existência. Conhecer o tráfico e o comércio de escravos no Brasil é entender um pouco a importante contribuição dos africanos na formação da cultura brasileira assim como reconhecer o país racista e preconceituoso que ainda vivemos.

A maior parte dos escravos que aportavam inicialmente no Brasil provinha das colônias portuguesas na África. Eram negros capturados nas guerras tribais e negociados com os traficantes em troca de produtos como a aguardente, o fumo entre outros produtos. O tráfico de escravos não era exclusividade dos portugueses, pois ingleses, holandeses, espanhóis e estadunidenses se beneficiavam desse comércio, que era altamente lucrativo. Os riscos dessa atividade estavam nos perigos dos oceanos e nas doenças que algumas vezes chegavam a dizimar um terço dos escravos transportados.

Os portos que recebiam maior número de escravos no Brasil eram Salvador, Rio de Janeiro e Recife; desses portos os escravos eram transportados aos mais diversos locais do Brasil. Algumas outras cidades recebiam escravos vindos diretamente da África, como Belém, São Luís, Santos, Campos e outras. A proporção de desembarque de escravos em cada porto variou ao longo de 380 anos de escravidão, dependendo da quantidade da atividade econômica na região servida pelos nossos portos. Durante o ciclo áureo da cana-de-açúcar do Nordeste, os portos de Recife e Salvador recebiam o maior número de escravos, mas, durante o ciclo do ouro em Minas Gerais, coube ao Rio de Janeiro receber o maior número de escravos.

A venda dos escravos vindos da África era feita em praça pública, através de leilões, mas o comércio de negros não se restringia à venda do produto do tráfico. Transações comerciais com escravos eram comuns.

 As relações comerciais internas envolvendo escravos acentuavam-se em momentos específicos do processo escravocrata. Com o declínio da produção de cana-de-açúcar no Nordeste, por exemplo, muitos proprietários de escravos venderam parte de seu negócio para o Sudeste, principalmente, para o Rio de Janeiro e São Paulo, áreas de produção de café, que passou a ser o produto mais importante da balança comercial brasileira. Os documentos  demonstram a preocupação dos governantes nordestinos como esvaziamento de escravos das lavouras nordestinas e descreve as medidas adotadas para evitar tal processo.
Perguntas para responder após leitura do texto:
1) De que forma podemos contribuir para acabar com o racismo?
2) Escreva, a partir de nosso texto e da sua visão sobre a sociedade, de que forma o racismo persiste até os dias de hoje?
3)Quais as consequências  da monocultura( exemplo: cana de açúcar ) em grande extensão de terras, que persiste até os dias atuais?
4) De acordo com o texto, o que foi o "negócio" da escravidão e qual a continuidade em nossa sociedade? Por que os brancos não gostavam de trabalhar?
5)De acordo com a monocultura presente em nossa sociedade colonial, quais foram os principais ciclos?

quinta-feira, 22 de agosto de 2013


1)De que forma  os indígenas foram tratados pelos colonizadores?

2)Como foi  a ocupação colonial no Brasil?

       3) O que foi  a Confederação dos Tamoios?

4) Quais foram as outras formas de colonização no Brasil Colonial?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013


Brasil Colonial

Neste bimestre iniciamos nossas aulas com a História do Brasil  Colonial. Este período se inicia no século XVI( dezesseis) até o século  XVIII( dezoito). Aqui o Brasil ainda era uma colônia e não um país, como conhecemos hoje com o nome  Brasil.

Diversos europeus desembarcaram de suas caravelas e naus  no litoral do  Brasil  neste período. Mas Portugal que desembarcou para colonizar antes dos demais europeus considerava que as terras eram suas. Por isso fez  um tratado com a Espanha. Foi o Tratado de Tordesilhas. Este tratado dividia o nosso território em uma linha imaginária que cortava o Brasil ao meio  entre Portugal e Espanha.  E apesar desta divisão, outros países europeus desembarcaram  no Brasil também querendo tomar uma parte.  Como nosso território possui dimensões muito grandes, era difícil controlar a chegada de outras caravelas. Por isso a forma de colonizar também foi diferenciada  e dificilmente conhecemos apenas uma  História do Brasil, mas sim uma diversidade de Histórias de acordo com cada região.

Cada ocupação colonial era seguida de uma arquitetura colonial diferenciada em cada cidade, com fortes, vilas de casas, pelourinho. Quando a invasão era portuguesa, uma Igreja católica era erguida e  chamada Matriz por ser a primeira  e maior na região que era ocupada. E os colonizadores, a mando dos governantes da Europa, eram reis e governavam juntos com a igreja. Não havia governo sem uma religião obrigatória para todos. Por isso também faziam muitas guerras religiosas contra outros povos de outras religiões para que outros aceitassem a sua fé e o seu governo. Foram estas experiências de guerras  que os europeus trouxeram ao Brasil para colonizar, com violência e muito sangue  contra os indígenas.

   Este é também o caso ao observarmos a colonização e as primeiras  lutas contra a colonização no Maranhão em 1535. Os portugueses tentaram colonizar a região com o envio de uma frota de dez navios com novecentos homens e cem cavalos, porém a ocupação não foi bem-sucedida, por conta de naufrágios e de combates contra os índios  potiguaras e tupinambás.

Os franceses só conseguiram efetivamente ocupar a região em 1612 fundando a Cidade de São Luís, onde permaneceram por três anos, até serem expulsos pelos portugueses. No entanto, os franceses construíram uma cidade em São Luís. Percebemos através dos traços da arquitetura desta  cidade , quem eram os europeus que  passaram por esta cidade e de que forma construíram  a cidade de São Luís.

Já o centro do  Rio de Janeiro, quando os portugueses    haviam decidido habitar  esta parte do litoral carioca, fundaram pelourinho,  vilas, casas e igreja que  era Matriz de todas as outras. Além de um forte, vilas de casas, feitorias, a  catequese seria feita com a cruz e a espada para dominar  os indígenas. As  feitorias eram construídas para guardar as matérias primas, que seriam negociadas na Europa.

 A intenção destes colonizadores era formar um núcleo de poder e demonstração de força contra os colonizados: primeiro escravizando  os indígenas e depois com a escravidão dos negros. Quanto aos indígenas, com o esgotamento, cansaço, e as torturas que sofreram por serem explorados pelos europeus que aqui chegaram, muitos morreram de doenças trazidas pelos europeus,  como foi o caso da febre amarela, a gripe, a varíola, mas também o banzo - uma  doença que deixava o indígena e o negro profundamente triste ao presenciar sua família, seu povo e sua terra destruídos sem ter como lutar contra uma situação cada vez mais opressora imposta pelos europeus. A destruição da população indígena foi de extrema  violência. Estima-se que, de 4 milhões de pessoas que já viviam aqui no século XVI, 3 milhões e  700 mil pessoas foram mortas em apenas um século.

Mas por isso os indígenas também se manifestaram de diversas formas contra  a dominação colonial portuguesa. Uma das mais próximas de nós foi a Confederação dos Tamoios. Esta Confederação reuniu boa parte dos chefes indígenas que se posicionavam contra  a violência  dos portugueses e  contra  os indígenas catequizados que lutavam ao lado dos portugueses. Os chefes Tamoios se uniram aos franceses, que por sua vez foram morar com indígenas e aprenderam com sua cultura. Os franceses então decidiram apoiar os indígenas em troca de continuarem a morar nas terras indígenas contra os portugueses tentando expulsá-los. Mas esta luta ganhou dimensão internacional. Inclusive o Padre Jose de Anchieta foi chamado para mediar o conflito. No entanto, os portugueses depois de um ano de enfrentamento dizimaram os povos Tamoios, calculando 10 mil mortos. Os Tamoios eram os anciãos considerados os mais velhos e mais sábios  entre os povos  tupis. Estes eram considerados pelos jesuítas como tapuias, os que não aceitavam a colonização.

Outras formas de resistir, mas de forma diferenciada dos Tamoios, e dos potiguares e tupinambás foram os povos que lutaram contra a  colonização holandesa  em Pernambuco. Lá a invasão holandesa foi governada por Maurício de Nassau em 1630, que depois de duas derrotas se estabeleceram em Pernambuco. Diferente do que aconteceu no Maranhão e no Rio de Janeiro com os Tamoios no Litoral, a intenção  era o controle  do comércio de escravos entre Pernambuco e Tomé  e Príncipe  na África. Em 1654 foram derrotados na Batalha dos Guararapes e do Monte das Tabocas. Uniram-se por fim,  indígenas, negros e portugueses  e expulsaram os holandeses. Confirmando a diversidade das lutas dos povos brasileiros em função da dimensão do território e  da necessidade dos povos estabelecidos.

Portanto, para além de considerar os indígenas e demais povos brasileiros como passivos, obtivemos aqui alguns exemplos de como havia manifestações  e resistência contra a colonização.

 

 

quarta-feira, 15 de maio de 2013


Curso de Interpretação

Por Fabíola Camargo (Professora de História)

 

Objetivo:

Este curso tem como objetivo utilizar as diversas formas de interpretação visando uma aprendizagem significativa dos educandos. Por isso objetivamos, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, que os nossos educandos possam “ Dominar procedimentos de pesquisa escolar de produção de texto, aprendendo a observar e colher informação de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais”(PCN´s, 1998).

Justificativa:

  Esta proposta se justifica  para que possamos contribuir para superar barreiras de nossos educandos quanto a interpretação e  a superação da dificuldade da escrita.

Sabendo que esta é uma possibilidade e que a professora já trabalha em sala de aula com algumas destas ferramentas, ainda que de forma breve, com pouco tempo, é possível melhorar nosso rendimento dos diversos institutos de medição de aprendizagem como o IDEB, mas também identificar que a escrita possui possibilidades mais amplas quando a interpretação passa a ser um ponto fundamental para a comunidade escolar e para a sociedade brasileira.

Este trabalho se justifica ao identificar a dificuldade dos educandos  nas diversas disciplinas. Além disso, visamos um elo interdisciplinar e  facilitador de aprendizagem.

Nestes termos, justificamos ainda o  nosso trabalho em relação aos PCN´s, quando o educando do terceiro e do quarto ciclos do ensino fundamental, “  devem relacionar, interpretar, reinterpretar, à luz da sua vida e do seu grupo social, ampliando o processo  de ensino-aprendizagem”

 

Nesta linha, o educando deve aprender  a registrar  as situações significativas no processo de ensino, procurar conhecer experiências  de outros docentes e socializar as suas”

Metodologia e relevância:

O CORPO:

Este projeto se torna relevante por propor  libertar o espectador de sua passividade, que converta em ser ativo, protagonista nas suas relações sociais e culturais. A diversidade  de técnicas  e jogos permite  desritualizar e desmecanizar  o corpo para uma atitude interpretativa mais consciente. Dessa forma, quanto a proposta de trabalhar o corpo, sabemos que são inseparáveis da mente, por isso   expressam sentido. Neste caso, interpretar e ser interpretado precisam  se conjugar  para transformar-se e permitir aprendizagem significativa do educando ativo.

A ESCRITA:

Quanto a interpretação escrita,  nos valemos de livros, textos,    visita a bibliotecas, museus, centros culturais    entre outros. Nesta linha , o educando deve aprender  a registrar  as situações significativas no processo de ensino, procurar conhecer experiências  de outros docentes e socializar as suas”(PCN´s, 1998).

 Por isso, a leitura, comporta o conhecimento de outros lugares  ao identificar, interpretar, relacionar com novas experiências  de acordo com a formação da  identidade do educando, ampliando possibilidades de auto conhecimento e de  interpretação.

A IMAGEM:

Quanto a interpretação imagética, de acordo com os PCN´S,  interpretar é não somente absorver os conteúdos de uma imagem. Este é um ponto importante deste trabalho.

 Por isso a imagem seguida de seu questionamento, observações de câmera  e como se constrói a imagem são possibilidades que permitem o educando refletir sobre o que habitualmente vê. Mais ainda: Iremos trabalhar com imagens desconhecidas pelas maiorias de nossos educandos, principalmente possibilitando a  interpretação e o conhecimentos sobre a diversidade   cultural de nosso país.

Trabalharemos filmes de períodos diversos, curtas-metragens, filmes temáticos entre os que possibilitem a indagação, o questionamento dos mesmos sobre aquilo que habitualmente veem, sem descartar seus temas e interesses diversos.  

A MÚSICA:

Quanto a linguagem em áudio, nossa proposta(  já feita pelos  nossos alunos) é  a de trabalhar  com a música. Utilizando os recursos da internet facilitaremos o aprendizado dos educandos para aprender a utilizar dos recursos radiofônicos. Além disso, aprender a História através das diversas tendências musicais, serão também  um foco de nosso trabalho.

A Guisa de conclusão:

A interpretação escrita e o registro de cada atividade terão destaque em nosso trabalho. Fazer um jornal, aprender a fazer, com os recursos disponíveis da escola como computador e copiadora ou impressora são mais que suficientes. Além disso, utilizaremos o blog da nossa escola como  constante de veículo dos registros escritos dos educandos.

 

Fontes:

 Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.

FREIRE, Paulo. “Pedagogia da autonomia”

NUNES, Maria Fernanda R. (org.)”Crianças mídias e diálogos”. Editora Rovelle, Uni Rio, 2009.


Os primeiros habitantes das Américas
A  América foi habitada  entre 40.000 e 10.000 anos antes de Cristo(a.C. )Os primeiros  habitantes atravessaram o Estreito de Bering e se fixaram por aqui, via Alasca.
 Na Idade da Pedra Lascada( Paleolítico) a Ásia e a América encontraram-se unidas  por uma faixa de terra que desapareceu dando lugar  ao Estreito de Bering.
 O conhecimento arqueológico situa as primeiras migrações entre 40.000 e 10.000 a. C. Existem provas de que por volta  de 9.000a.C. já havia Homem na América. Os primeiros habitantes das Américas teriam vindo, portanto, da Asia Oriental, mais precisamente da Sibéria..
Foi quando caçadores e primitivos constituíram junto com animais, , uma grande corrente migratória para a América e através do Oceano Pacífico atingiram  o Continente Americano.
Dessa forma, as Sociedades primitivas pré-colombianas assumiram diferentes formas  de vida material e cultural – A Mesoamérica ( Maias e Astecas e no Altiplano peruano, os Incas.

Fontes:
CARDOSO, C.F. “ América pré-colombiana! Ed. Brasiliense, 2004.
SCHMIDT, M. “Nova História crítica da América” Ed. Nova Geração, 1996.



Da expansão marítima  à chegada dos europeus nas américas

Com o fim do Sistema Feudal, os reinos portugueses se uniram e fundaram um reino absoluto. Foi a Revolução de Avis. D. João I passou a governar todos os reinos que antes eram feudos. Era o Absolutismo Monárquico em pleno século XIV inaugurando a Idade Moderna.

A aliança entre este rei  e a burguesia facilitou a diminuição dos impostos para os burgueses que passaram a pagar  imposto caro, porém único e  para um só rei. D. João I passou a arrecadar muito dinheiro: Era a acumulação primitiva do Capital. Esta acumulação permitiu o financiamento de viagens  caras e longínquas: Desta vez  a burguesia foi explorar outros territórios. Através do mar, navegaram e exploraram  outros territórios  tomando terras e frutos  de muitas terras  em muitos lugares no mundo. À custa de muitas guerras, fome nos campos, e  com sangue e mortes junto a experiência das Cruzadas.

As Cruzadas  foram conflitos religiosos entre cristãos, protestantes  e muçulmanos  no mundo.   Primeiramente em direção ao Oriente. Estas guerras  alcançaram toda a costa africana, a Europa, a África, todo o Oriente e as Américas . Estimulado pelo Papa Urbano I, este Papa defendeu que ficariam livres de seus pecados  todos os cristãos que se conseguissem fazer valer a fé católica pelo mundo: fosse com a cruz  ou com a espada. Com as Cruzadas a violência teve estímulo  de representantes religiosos e reis desde o século IX até a chegada dos europeus nas Américas.

 Dessa forma  é que os europeus chegaram nas Américas  e no Brasil com a mesma violência  contra a população indígena que aqui já habitava.
Por Fabíola Camargo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

http://www.redefilmesonline.net/2012/03/o-corcunda-de-notre-dame-dublado-ver-filme-online.html
Encontre também o Filme "Corcunda de Notre Dame"dividido em partes  no you tube
Revisão para Avaliação 7o ano das turmas 701,702,703,704,705

1) O que foram os  feudos?

2) Como funcionaram os feudos?

3)De que forma  se deu  a passagem do feudalismo  para a monarquia absoluta?

4) Sobre o filme " Corcunda de Notre Dame", o que levou a cigana  a defender  o personagem corcunda?

5)Quem eram os Senhores feudais no filme?

6) Sobre a pintura de Pieter Bruegel, este pintor  trata sua obra relacionada a crítica ao Sistema Feudal. Sobre o que o autor pinta?

7) Do que se trata a obra de Pieter Bruegel?

8) Sobre o que se trata a " festa do Tolo"?

9) Quais  técnicas de irrigação levou a uma certa  melhoria na vida  dos camponeses no século VII do Sistema Feudal  no período medieval?

terça-feira, 26 de março de 2013

Mais informações sobre Pieter Bruegel  e metodologia deste trabalho.
Entre outras,ver  SOARES,Carmen L."Imagens da educaçao no corpo..."  In: SoaresIn:http://books.google.com.br/books?hl=pt-R&lr=&id=dq_eF3GZHcQC&oi=fnd&pg=PP9&dq=pieter+bruegel&ots=K63s8er5p8&sig=BtRin_QGLW7CX5dRQSnj4FOb80s

Brincadeiras medievais, identifique-as:

 
 
Pesquisado dia 19-03-2013 em meusbrinquedosantigos.blogspot.com
 
 

segunda-feira, 11 de março de 2013


 

Do Feudalismo à Monarquia Absoluta

O Sistema feudal foi um Sistema de governo político, econômico, social e cultural  que teve duração do século V ao século XV na Europa.

Neste Sistema, em cada feudo habitavam os nobres com seus castelos e o clero, que eram os membros da igreja e viviam em igrejas ou em enormes catedrais.

A maioria da população era camponesa e vivia num sistema de servidão: eram servos que plantavam nos campos dos nobres em troca de um pedaço de terra para sua alimentação e de sua família. Trabalhavam duro nos campos e em outros afazeres do feudo. Além disso, pagavam três tipos de impostos, que aumentavam a exploração dos camponeses como servos dos senhores feudais.

Havia também os senhores feudais que guerreavam - eram os  cavalheiros medievais - A guerra era a forma principal dos governos feudais enriquecerem: com assaltos às igrejas e castelos de outros feudos.

No século VII houve uma melhoria  de vida entre os povos  que viveram  neste período, apesar das guerras, das pestes(doenças) e da fome. Neste momento algumas técnicas de irrigação do solo ajudaram a aumentar a produção de alimentos, o que fez diminuir a fome.

O clero era dono de boa parte das terras. Algumas igrejas tinham arquitetura e arte gótica. Era um estilo cultural do período. Esta arte representada nas catedrais fazia um espetáculo de luz e sombras. No sistema de governo feudal, o rei não tinha muito poder, e só quem podia ler eram os membros do clero, tais como os monges beneditinos que cantavam as histórias bíblicas em latim - era o canto gregoriano.

Havia festas medievais quase todo o ano. Uma das festas mais conhecidas era  a "festa do tolo". Na festa do tolo, os camponeses faziam críticas festivas: invertiam os discursos da igreja, se vestiam como senhores feudais, entre outras...Aqui o autor Mikhail Bakhtin resgata um discurso destas festas:

 

...”fora do  caminho, fora do meu sol, fradaria, para o diabo! Vindes aqui ...mijar no meu tonel¿ Aqui tenho o bastão de Diógenes no seu testamento, ordenou que colocassem perto dele, depois de sua morte, para afugentar e quebrar os rins e essas lavras fúnebres...para trás hipócritas! Fora daqui tristonhos, que o diabo os leve...” (BAKHTIN, p.149, 2010)

 

Daqui surgiu o carnaval um pouco parecido com o nosso. E o Sistema feudal tão criticado nos momentos de festas, entrou em crise, principalmente a partir do século XIV.

Os burgos, que nasceram em torno de grandes muralhas medievais, passaram a ser utilizadas para venda de alimentos  e roupas. Com as guerras constantes, algumas doenças(a peste) e a fome, não sobravam muitas terras para plantio e as que tinham, eram levadas para os burgos que passaram  a ocupar lugar importante. As pessoas que vendiam alimentos em torno destes burgos pagavam altos impostos ao viajarem pelos feudos. Cada feudo cobrava um imposto mais alto que o outro.

Alguns destes comerciantes resolveram fazer uma aliança com o rei. Daí nasceu a classe social burguesa, que guerreou contra os feudos para que pudesse  pagar menos impostos nas suas viagens de comércio entre os feudos.

Desta aliança entre rei e burguesia houve o fortalecimento do comércio que gerou o nascimento das viagens com as "Grandes navegações" e a colonização de outros lugares: Chegavam com suas embarcações, colhiam ou roubavam o que consideravam riquezas. Muitos destes colonizadores ocuparam diversos lugares como foi o caso das Américas e do Brasil. Assim os europeus chegaram nas américas  e começaram a dizer que descobriram  tudo o que viam.

Mas será que enquanto eles estavam na Europa, algum povo já havia colonizado os países das Américas antes dos europeus?

 

Fontes:

BAKHTIN, M. “Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais”, São Paulo, HUCITEC, 2010.

RODRIGUES, J. “ História em documento” FTD, 1º ed. São Paulo, 2009.