quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O que é História: Uma abordagem

Segundo o Historiador Marc Bloch a História nos serve. Serve a Humanidade. Serve a quem quer viver e pensar suas ações para transformar suas Vidas em algo melhor.
Do passado aprendemos as lições que fazem eco num presente com ação humana real e imaginária. As rupturas com o sofrimento merecem boa compreensão do passado e do sentimento da ação presente para que possamos viver melhor.
Temos a tendência de lembrar àquilo que tem sentido pra nós ou o que nos toca. Outra forma de lembrarmos a História em nossas vidas, é quando nos contam uma História. Uma bela narrativa sempre nos toca.
A forma mais comum de lembrarmo-nos de uma História é através da leitura. Quando lemos algum autor, o seu ponto de vista, dentro da sua vivência e leitura, é um sujeito de sua conduta quem escreve a História.
Existem outras formas de ler a História: Indo a exposições, assistindo filmes e em peças teatrais, observando monumentos, arquitetura, ruas. As relações sociais também são observadas nas diversas paisagens das cidades e nos contam uma História singular e/ou diversa. Estas são as fontes históricas. Além destas, os fósseis, os arquivos, as propagandas, a moda, a família, a cidade, a favela, o Estado e a História oral, todas e todos os Seres e produtos dos trabalhos Humanos, são fontes históricas. São as fontes históricas que fazem o resgate  de cada grupo e/ou classe social em seu contexto histórico ou Paisagem Histórica.É preciso comparar diversas fontes para buscarmos uma aproximação com a verdade.
Além de ler as fontes históricas, é preciso interpretá-las em seu contexto social, político, cultural e econômico de cada tempo. O tempo histórico nos possibilita ler a paisagem diferente e diversa de cada fato histórico. Numa perspectiva de “longa duração” como a Idades Média e Moderna inteiras, ou em curta duração: no cotidiano, como a moda, por exemplo na perspectiva da  cultura; ou de um acontecimento na perspectiva política, como uma revolução.
Os meios de comunicação também se apresentam como forma de contar sua História a partir de um determinado ponto de vista. A internet se tornou uma ferramenta de pesquisa. Esta ferramenta nos facilita observar e intervir numa perspectiva global, com o acesso virtual a todas as paisagens históricas possíveis. É uma ferramenta da História e também faz História, com limites e desejos mercadológicos e políticos de seus criadores e usuários.
Mas a História é feita pelas pessoas. São pessoas, seus Corpos e Mentes que fazem História. Sobre o Corpo destacamos:

“No corpo estão inscritas todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade específica, por ser ele o meio de contato primário do indivíduo com o ambiente que o cerca”( DAOLIO, p.105,1995)

Nem sempre os Seres fazem a História como querem. Mas se não a fazem, outras pessoas concretizam-na. Algumas vezes, à revelia das maiorias. Contra ou a favor das que não fazem. E quando fazem, fazem individualmente ou coletivamente. Aí estão os sujeitos da História. Com suas ideias, convicções e aprendizagens diversas, jogam seus corpos à luta e conquistam seus espaços numa sociedade que ainda carece de conquistar direitos. Fabíola Camargo. Fontes: BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: ed. Zahar, 2001. DOMINGUES, Joelza Ester. " História em Documento" Imagem e texto: Sétimo ano, ed.FTD, São Paulo, 2009.