Em
relação a construção de uma Usina hidrelétrica na Amazônia,
está sendo construída às custas de boa parte de nossas reservas
ambientais e de nossos povos indígenas. As grandes empresas
internacionais, ou seja, os grandes capitalistas, estão investindo
na maior Usina Hidrelétrica da América Latina, projetada durante a
ditadura civil-militar no Brasil em 1975. No entanto, as
consequências desta construção se referem a destruição de Belo
Monte, onde vivem diversos povos indígenas que defendem as últimas
reservas ambientais do planeta. A inundação
dos igarapés da cidade de Altamira e Ambé e parte da área rural
de Vitória do Xingu, a redução da vazão da água do rio do Grande do Xingu e interrupção do transporte fluvial até o
Rio Bacajá, único acesso para comunidades ribeirinhas e indígenas com o remanejamento de mais de 20 mil famílias de moradores da
periferia de Altamira e da área rural , o impacto em cerca de
350 famílias ribeirinhas que vivem em reservas extrativistas, além
da alteração do rio sobre os os animais e o sustento da população
com redução do fluxo da água são algumas consequências
imediatas desta obra. Em
relação às populações indígenas, todas as 24 nações e tribos
de diferentes culturas que ocupam 30 terras Indígenas na Bacia do
Xingu, 12 no Mato Grosso e 18 no Pará, seriam direta ou
indiretamente afetadas à medida que o Xingu e sua fauna e flora,
além do seu entorno, fossem alterados pela usina.
Na região de
influência direta de Belo Monte, três Terras Indígenas seriam
diretamente impactadas: a Terra Indígena de Paquiçamba, dos índios
Juruna, e a área dos Arara da Volta Grande, que se situam no trecho
de 100 km do rio que teria sua vazão drasticamente reduzida. Já a
área indígena Juruna fica às margens da rodovia e seria
fortemente impactada pelo aumento do tráfego na estrada e pela
presença de um canteiro de obras.
O
Evento realizado no Rio de Janeiro, a realização
da Cúpula dos Povos, discutiu Justiça Social e Ambiental, que se
colocou contra a mercantilização da vida( Ser Humano como mercadoria ) e em defesa dos bens
comuns e teve como tema central, denunciar as causas da crise
socioambiental, se referindo ao próprio Sistema Capitalista, apresentar soluções práticas contra a venda de
estados e municípios inteiros negociados com os países ricos
reunidos na Rio + 20 que se interessam por matérias-primas de países
como o Brasil, já que boa parte da Europa e dos Estados Unidos tem
o seu meio ambiente e suas riquezas naturais destruídas com a
industrialização e a matança de povos indígenas e camponesas
desde o século XVIII até os dias de hoje para formar e manter o Sistema Capitalista que continua sua existência, destrói parte da humanidade e do planeta.
Fontes:
Instituto
Socioambiental (ISA)
cupuladospovos.org.br