Segundo o Historiador Marc Bloch a História nos serve.
Serve a Humanidade. Serve a quem quer viver e pensar suas ações para
transformar suas Vidas em algo melhor.
Do passado aprendemos as lições que fazem eco num
presente com ação humana real e imaginária. As rupturas com o sofrimento
merecem boa compreensão do passado e do sentimento da ação presente para que possamos viver melhor.
Temos
a tendência de lembrar àquilo que tem sentido pra nós ou o que nos toca. Outra
forma de lembrarmos a História em nossas vidas, é quando nos contam uma
História. Uma bela narrativa sempre nos toca.
A forma mais comum de lembrarmo-nos de uma História é
através da leitura. Quando lemos algum autor, o seu ponto de vista, dentro da
sua vivência e leitura, é um sujeito de sua conduta quem escreve a História.
Existem outras formas de ler a História: Indo a
exposições, assistindo filmes e em peças teatrais, observando monumentos, arquitetura,
ruas. As relações sociais também são observadas nas diversas paisagens das
cidades e nos contam uma História singular e/ou diversa. Estas são as fontes
históricas. Além destas, os fósseis, os arquivos, as propagandas, a moda, a família, a
cidade, a favela, o Estado e a História oral, todas e todos os Seres e produtos
dos trabalhos Humanos, são fontes históricas. São as fontes históricas que
fazem o resgate de cada grupo e/ou
classe social em seu contexto histórico ou Paisagem Histórica.É preciso comparar diversas fontes para buscarmos uma aproximação com a verdade.
Além de ler as fontes históricas, é preciso
interpretá-las em seu contexto social, político, cultural e econômico de cada
tempo. O tempo histórico nos possibilita ler a paisagem diferente e diversa de
cada fato histórico. Numa perspectiva de “longa duração” como a Idades Média e
Moderna inteiras, ou em curta duração: no cotidiano, como a moda, por exemplo na
perspectiva da cultura; ou de um acontecimento
na perspectiva política, como uma revolução.
Os meios de comunicação também se apresentam como
forma de contar sua História a partir de um determinado ponto de vista. A
internet se tornou uma ferramenta de pesquisa. Esta ferramenta nos facilita
observar e intervir numa perspectiva global, com o acesso virtual a todas as
paisagens históricas possíveis. É uma ferramenta da História e também faz
História, com limites e desejos mercadológicos e políticos de seus criadores e
usuários.
Mas a História é feita pelas pessoas. São pessoas,
seus Corpos e Mentes que fazem História. Sobre o Corpo destacamos:
“No corpo estão
inscritas todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade
específica, por ser ele o meio de contato primário do indivíduo com o ambiente
que o cerca”( DAOLIO, p.105,1995)
Nem sempre os Seres fazem a História como querem. Mas
se não a fazem, outras pessoas concretizam-na. Algumas vezes, à revelia das
maiorias. Contra ou a favor das que não fazem. E quando fazem, fazem
individualmente ou coletivamente. Aí estão os sujeitos da História. Com suas
ideias, convicções e aprendizagens diversas, jogam seus corpos à luta e
conquistam seus espaços numa sociedade que ainda carece de conquistar direitos.
Fabíola Camargo.
Fontes:
BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: ed. Zahar, 2001.
DOMINGUES, Joelza Ester. " História em Documento" Imagem e texto: Sétimo ano, ed.FTD, São Paulo, 2009.