domingo, 25 de novembro de 2012

Escravidão e Racismo



Estudamos neste bimestre a relação entre a História Colonial no Brasil a partir de 1550, quando a escravidão africana começou a chegar ao Brasil.O período colonial no qual a escravidão aconteceu, foi o que deu origem ao preconceito racial no Brasil que continua até os dias atuais.
Por isso temos desde 9 de janeiro de 2003, a Lei 10.639 e em 10 de março de 2008, a Lei 11.645, na qual estabeleceu que a educação no Brasil, deve “incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
É neste sentido que precisamos conhecer a nossa História, para que o pré-conceito, ou seja, aquilo que rejeitamos sem conhecer, precisa ser conhecido e revisto por todos nós, para sabermos como ficamos tão avessos a nossa própria História que nós mesmos fazemos parte.
Na disciplina de História é que aprendemos que, se não conhecemos a nossa História, não conhecemos quem somos nós, nem o que queremos, e menos ainda, onde queremos chegar, sem que as mídias nos façam repetir os valores pensados por eles. Temos na História a oportunidade de aprender por nós mesmos, a ler a História com nossos próprios olhares.
Se estamos nos referindo a História da maioria de nosso povo, veremos como formamos essa maioria: A História dos Negros no Brasil.
Foi do Continente africano que chegou ao Brasil as diversas nações dos negros que pra cá chegavam escravizados pelos portugueses. Neste período, colonizar, ou seja, ocupar o Brasil com o o objetivo de levar as riquezas daqui como o açúcar, o café e o ouro, foi objetivo dos portugueses. E para trabalhar para eles, escravizar outras pessoas foi o que pensaram para um trabalho duro e difícil.
Do continente africano, os povos Congo-angola e do Golfo da Guiné (atual Nigéria) vieram a maior parte dos negros em todo os Brasil, os povos de língua Banto.
Foram as nações Banto do Continente africano que influenciaram a nossa cultura com os diversos sambas, as danças dramáticas, cortejos, cucumbis, as escolas de samba, a capoeira, o maculelê, a congada, os maracatus, os afoxés e ainda, algumas técnicas de trabalho e alimentos como o pirão, o angu e o quibebe. Além de dar nome de Mocambos, os Quilombos, foram alguns dos diversos nomes que conhecemos no Brasil, criados pelos negros como forma de fugir e resistir à escravidão.
É do Oeste africano que recebemos a influência feminina dos turbantes, saias rodadas, batas de renda, colares, pulseiras, características da indumentária das baianas de tabuleiro. Do Oeste-africano recebemos também as primeiras concepções filosóficas e doutrinárias como o candomblé trazidos pelos negros de origem Mina, e a umbanda e se fixaram primeiramente no Maranhão e na Amazônia.
A chegada dos Negros vindos da Africa pelo Rio de Janeiro, que aportavam na Praça Mauá até a Praça XV dos dias atuais, encontravam nas ruas os negros de diversas nações com diversas formas de trabalho escravo: Haviam os negros de ganho, que vendiam quitutes para um “senhor”. Assim faziam os quitutes, vendiam nas ruas do centro da cidade e levavam o dinheiro no final do dia. Estes negros conheciam outros negros, e seus fregueses lhes traziam muita informação. Estes negros ajudavam a espalhar notícias sobre negros fugidos, e rebeliões entre outras. Haviam nestas ruas do centro da cidade os curandeiros, negros que curavam com plantas as doenças que traziam das viagens em condições precárias e, quando não morriam, os tratamentos que os negros conheciam curavam os infermos que em seguida seriam vendidos em praça pública, aumentando o preço do negro mas também curando-o das doenças. Os negros que eram açoitados também passavam pelos curandeiros que faziam ficar de pé, muitas vezes, negros de mesmas nações que de alguma forma não aceitavam as condições de vida da escravidão. Os barbeiros também ficavam em tendas para vender seus trabalhos que rendiam a riqueza da colonização dos europeus, o escravo. O Zungu também fica livre em praça pública. Eram chamadas casas de Angu, as residências e estalagens para os negros que não estavam cativos em casa de senhores.Eram escravos de ganho e “pessoas de cor” livres ficavam ali abrigados.
Por fim os capoeiras ficavam perto de igrejas e saíam em festas religiosas, se instalavam próximos ao porto, se defendiam contra a polícia e contra os capatazes dos senhores e assim resistiam e lutavam contra os maus tratos.
Nos campos, os negros escravizados também enfrentaram a escravidão. Sabemos que o limite da negociação entre negros e senhores eram os açoites. Por isso os negros dificultavam o açoite, a palmatória e outras formas de tortura entre seus pares como podiam. A culinária, a religião, as danças, a capoeira, foram formas de sobreviver a escravidão. Os casamentos entre escravos de mesma nação foi uma forma dos negros não morrerem tão cedo, mas também foi mais uma forma de escravizar, desta vez, seus filhos . Mas a possibilidade de sobreviver na escravidão era ter seus pares ao lado.
A culinária dos negros era admirada pelos portugueses. As mulheres negras que entravam na Casa Grande dos Senhores para cozinhar eram tratadas de forma especial e traziam os segredos da culinária africana como forma de dificultar os açoites anunciados pelos senhores, quando carregavam no óleo de dendê e na pimenta dos capatazes e senhores.
No entanto, temos nos Quilombos, as maiores construções dos negros para fugir da sociedade escravista. O mais conhecido foi o Quilombo dos Palmares. Apesar de ainda hoje existir mais de dois mil quilombos no Brasil, o Quilombo de Palmares foi um dos maiores do Brasil. Sob liderança de Ganga Zumba e depois por Zumbi dos Palmares, foi por sua vez, uma das maiores lideranças na luta contra escravidão no Brasil. Além de receber escravos fugidos, os quilombos tinham vida política e econômica própria. Mas foi sob a liderança de Zumbi que o regime escravista foi posto em perigo. Zumbi dos Palmares e os quilombolas libertavam os negros da escravidão abrindo senzalas de diversas fazendas. Isto fez com que as elites coloniais se unissem e derrubassem o quilombo matando Zumbi dos Palmares em 20 de novembro de1695.
É neste dia que comemoramos o Dia da Consciência Negra. Em Homenagem ao líder Zumbi dos Palmares. Esta comemoração nos dias atuais tem servido às reflexões sobre a necessidade de nos conhecer e conscientizarmo-nos sobre a História do negro na sociedade brasileira que se choca com o racismo e a discriminação que levou muitos séculos para ser reconhecida. O reconhecimento de que existe racismo, e olhar para nós mesmos como participantes da História do paí tem sido uma possibilidade de começarmos a conhecer uma parte importante de nossa própria História e mais ainda, de construirmos a História que queremos para todos nós.
                                                                                                                              Fabíola Camargo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Abuela Grillo: Um canto que explica a História 
Animação dirigida por Denis Chapon com produção da Bolívia e Dinamarca em 2010, esta é uma história contada milenarmente pelo povo indígena Ayoreo, que se encontra na fronteira entre Paraguai e Bolívia. A música "Chillchi Parita" presente na animação de doze minutos foi cantada por Luzmila Carpio, que em 21 de abril de 2006, foi nomeada embaixadora da Bolívia para a França pelo presidente boliviano Evo Morales. A música cantada por Luzmila é de origem Quéchua - termo coletivo para diversos indígenas da América do Sul. O uso da língua quéchua entre os povos indígenas latino –americanos, são falados desde antes dos incas que, ao invés do uso da língua européia espanhola – país que participou da destruição indígena nas Américas para a colonização – ao contrário, Luzmila Carpio pensa o uso da música não para render dinheiro, mas para usar a sua música como expressão de rebeldia contra o predomínio de formas ocidentais de dominação cultural sobre os indígenas, e mostrar que este mundo até agora subordinado também tem contribuição a dar, para construir relações mais harmoniosas entre os povos do mundo. Nesta narrativa, Abuela fora convidada a festejar a colheita do milho numa das comunidades indígenas. E como uma anciã, a mais velha e com mais sabedoria entre as tribos, Abuela em seu cantar fazia chover. A chuva fazia o alimento brotar e todos comemoravam a colheita em comunidade. Mas Abuela foi expulsa da comunidade porque seu cantar fez chover demais. Abuela então, saiu cantando pela estrada em direção a cidade fazendo brotar em todos os lugares por onde passava: Chegou numa cidade toda de concreto e começou a fazer brotar... No entanto, dois Homens de terno e gravata pegaram Abuela, aprisionaram-na e fizeram-na cantar num palco, enquanto uma nuvem presa era espremida dentro de garrafas. A água caída nas garrafas passou a ser propriedade privada de dois capitalistas. O povo passou fome, comprava apenas uma garrafinha de água dos capitalistas, o que não supria suas necessidades e ainda ficava cada vez mais cara. Enquanto o chão rachava por falta d’água, os bichos morriam de sede. Mas Abuela tentou fugir, e um dos camponeses viu o que aconteceu, e contou prá toda a comunidade. Mas os capitalistas que precisavam lucrar mais trataram Abuela violentamente. Até que toda a comunidade se uniu e Abuela compreendeu o que estava acontecendo. Desta vez cantou mais alto que pode, e fez chover forte. Então houve uma fusão, um reencontro entre os Seres Humanos e a Natureza e entre Abuela e sua comunidade: Desta vez, a água foi valorizada. Plantavam-se em terraços, e na cidade, tudo passou a florir e brotar. As comunidades no campo também festejaram a volta de Abuela, oferecendo-a o milho, daí foi acolhida por sua comunidade, que desta vez também compreendia seu canto, e a importância da Harmonia entre a Natureza e os Homens. Para estes povos, no principio havia uma avó, que era um grilo chamado Direjná, relacionado a origem dos povos indígenas e ao respeito aos anciãos como contadores das histórias indígenas  nas centenas de gerações que ainda se mantém viva através da cultura do respeito ao mais velho, que resguarda a sabedoria de um povo ou de uma cultura. Trata-se de um tema fundamental nos dias de hoje, já que se refere a luta dos povos indígenas latino-americanos ( incluindo o Brasil) contra a re-colonização da terra. Enquanto os países mais ricos ditam as regras do Sistema que gera riqueza, lucro e poder a qualquer custo como base do Sistema Capitalista que vivemos, os povos de todo o mundo lutam contra a destruição do meio ambiente que se apresenta para alguns governos nos países da América Latina como forma de obtenção de riqueza e poder, que ao custo da destruição da terra, ora por venda de matéria-prima a preços altos para europeus e estadunidenses, ora destruindo com venenos, inseticidas e pesticidas que contaminam a terra e os alimentos. São os mesmos que se valem da violência e da destruição da educação para se manterem governando. Para os povos indígenas, até os dias de hoje o alimento da terra é um bem sagrado assim como tudo que se relaciona com o meio ambiente onde vivem até hoje: Para estes povos, a água que corre no rio tem o sangue de seus ancestrais e por isso é como se fosse irmã, sagrada entre os indígenas.
Fabíola Camargo.
 Fontes:
 http://abuegrillo.blogspot.com.br
Renshaw, J."A eficácia simbólica" revisitada. Cantos de cura Inayoreo. Revista Antropologia vol.49 no.1 São Paulo Jan./June 2006.
 www.etnolinguistica.org 
 www.luzmilacarpio.com/

Colonização no Brasil
Existem vínculos que mantém  unidos  indivíduos de ambos os sexos  e de todas as idades. Eles podem  ser de cooperação, de hierarquia, de compromisso, de interesses comuns, de obediência ou de submissão. Tais vínculos estabelecem o modo como as pessoas  se relacionam.
 Os indígenas vivem em cooperação. Não lhs falta alimento. E se faltar o sistema é de cooperação. Uns cooperam com outros para continuar vivendo e valorizando suas vidas e seus costumes.
 Chamamos de sociedade o conjunto de relações  entre indivíduos. Portanto, falar em sociedade  não é pensar  em grupos isolados de pessoas, mas nas relações que existem entre elas. Um agrupamento de homens e mulheres pode ser reunido, dispersado, fotografado. A sociedade não, ela reúne pessoas por meio de instituições e de uma cultura comum.
No Brasil Colonial, a propriedade de terras e de pessoas marcou  as relações sociais  e dividiu a sociedade em senhores e escravos. Ao primeiro grupo pertenciam os proprietários de engenho,  os exploradores  das minas, os pecuaristas, os fazendeiros de tabaco  e de algodão.Muitos vinham  de famílias  pobres ou eram  nobres arruinados  em Portugal. Aqui no Brasil, tornaram-se  donos de terras e de escravos.
 Já esses últimos estavam sujeitos  a seu senhor; eram considerados mercadorias, podiam ser vendidos. No entanto, traziam da Africa costumes e culturas e fugiam  aquilombados.
 O poder  que os senhores  tinham sobre escravos refletia-se  em todas  nas pessoas  que viviam  a seu redor e sob sua dependência. Os senhores exerciam  uma forte autoridade não apenas sobre  seus familiares, mas também sobre os empregados livres da fazenda, os pequenos  comerciantes que abasteciam  a casa e até  sobre o padre que atendia  a família.
Os senhores eram temidos, respeitados e obedecidos. Davam ordens  e decidiam  o destino dos escravos, dos filhos , da casa e influenciavam  até  nas decisões  das vilas vizinhas. Tinham poder  das leis, da igreja e da economia em seu início, principalmente.
Esse modelo de colonização nem sempre foi obedecido, mesmo assim a colonização  durou entre 1500 até  1700. A possibilidade de destruição do sisetma colonial e de sua opressão  aconteceu durante todo o período com as revoltas  dos indígenas e dos negros. Além disso  esses povos  resistiam  ser colonizados como os quilombolas, ou  através  de pequenas negociações, conflitos,  ou pela cultura.
A  vida política das vilas  e cidades  também era decidido pelos senhores, considerados os homens bons da colônia. As demais populações da colônia  não era reconhecida como cidadã, ou seja,  não deveria ter  direitos.
 A colonização ainda permanece na cabeça  de muitos nos dias de hoje. Não conhecendo seus direitos e  não lutando por outros. Os colonizadores  de hoje em dia, ainda ditam regras através dos meios de comunicação, como pela  TV ou internet,  propagando sua política através  das novelas, da moda, da religião, dos costumes e culturas.
 Adaptado  de DOMINGUES, Joelza E. “ História em documento” 7º ano, Ed. FTD, SP,2009.


O mito da caverna
Na Grécia Antiga, entre o século V  e  IV a.C foi quando os pensadores passaram a investigar  as questões humanas. Este período é marcado pelo surgimento da cidade de Atenas. Em função de o Filósofo Sócrates ter dado a maior contribuição ao conhecimento, este período passou a ser denominado Socrático. Sócrates preocupou-se com as causas das ilusões, dos erros e da mentira. E em busca da  verdade, utilizou as perguntas que até hoje norteiam  o caminho para o conhecimento: O que, onde, quando, qual e como. Com sua morte, Platão prosseguiu este estudo distinguindo crença, ilusão e aparência, diferenciando-as da essência e da realidade, que deveriam  fazer parte da constituição do Ser Humano. Por isso e para contar a História de Sócrates como parte da própria História do Conhecimento, Platão escreveu um dos mitos mais importantes sobre a origem  do conhecimento: O Mito da Caverna.
O Mito da Caverna  foi contado por Marilena Chauí, uma das maiores filósofas de nosso tempo, que  tanto nas Universidades, quanto  escrevendo livros didáticos para escolas, contribuiu para que todos tivessem acesso ao conhecimento  e de  como se faz História:  Imaginemos então, uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, ou seja, na sombra,  enxergar o que se passa no interior da caverna. A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. No exterior, portanto, há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas. Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam. Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda luminosidade possível é a que reina na caverna.
Para Platão, seguidor dos ensinamentos de Sócrates, as perguntas são a possibilidade de encontro com o conhecimento. Ele escreve então os ensinamentos do seu mestre Sócrates através do “mito da caverna” e suas perguntas que levam ao conhecimento: E se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Sócrates então seguia o percurso de suas  perguntas e testava suas respostas: Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando-se com o caminho da luz, nela adentraria. Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Desta vez, libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros  o que viu e tentaria libertá-los. Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe, alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade?
Dessa forma, Platão continua a História: O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos sem conhecê-las. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? Aquele que busca conhecimento verdadeiro. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo? Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense, pois imaginam que  a sombra ou a meia verdade é o mundo real e o único verdadeiro.
Fabíola Camargo.
Bibliografia: CHAUÍ, Marilena, “Convite à Filosofia”. Editora Ática,1998.